fuga de capital

Bem, descobri que sou um criminoso do pior.

Primeiro envolvido na fuga de capital para o estrangeiro. Linguagem metafórica é claro, porque me refiro apenas a capital humano....sem com isto querer dizer que seja de qualidade.

Mas noutro dia, liga-me o meu irmao a dizer que tenho uma carta das finanças a dizer que me vao fazer uma execuçao fiscal por uma dívida, que creio de quando era presidente de uma associaçao juvenil em 2001 e 2002 (ou 2002 e parte de 2003, nao quero cometer imprecisoes, caso o publico apareça por aí).

Nao tenho que dar explicaçoes publicas, mas nao fiquem assustados: 1) nunca recebi um centimo dessa associaçao, pelo contrario gastei algum do meu dinheiro; 2) que seja do meu conhecimento, no final do meu mandato, do qual me demiti por razoes que nao interessam, mas nao relacionadas com o assunto, nao havia dívidas. Realço, do meu conhecimento como presidente. 3) Ao fim de 5 anos é obvio que a minha memória nao é muito precisa; 4) a contabilidade da associaçao era organizada e até faziamos parte do conselho consultivo do IPJ, ou seja, era minimamente respeitada; 5) so organizavamos eventos culturais numa zona onde nada se passa e por isso, dedicavamos parte das nossas vidas a uma causa comum; 6) acho que nao entrei mais na associaçao desde a altura em que me demiti.

Indendentemente do que quer isto dizer, orgulho-me do que fizemos e de ter pertencido a esta associaçao.

Claro que nesse dia so pensava: bem mas o que é uma execuçao fiscal?
É so tenho um carro que o meu irmao metaforicamente falando "estacionou" na sucata, e ale´m disso tenho uma bolsa da FCT (que triste vida a minha, e criminoso tao pouco ambicioso=).

Segundo me informei, afinal o problema nao é meu mas da associaçao. Garantiram-me verbalmente que nao tenho nada a ver com o assunto, mas na carta diz....divida da qual eu tenho que ser responsabilizado se associaçao nao pagar. Fico entao naquela situaçao inconfortavel que é se eles nao pagam, ja sei que sou eu que me lixo e depois explicar as finanças que era um engano ia demorar e eu nem sequer estou em Portugal.

Depois pensei, ora eu tenho uma conta em Portugal e outra em espanha. Que faço? Transfiro o dinheiro (pouco) para a conta espanhola para me precaver caso nao paguem a divida? É isso figo de capital?

Mas depois pensei, o melhor é comer a paelha antes que as finanças portuguesas apareçam neste restaurante catita de Barceloneta e me tirem a comida.

Depois de beber, claro que imaginei a minha execuçao fiscal. Um batalhao de funcionários das disparar contra mim após ordem do ministro das finanças.