Olá, como ja tinha dito veio sua excelência, o Presidente do governo Espanhol visitar o edifício onde trabalho. Além de uns polícias à porta parecia um dia normal. Estava tudo a trabalhar, o senhor andou por onde quis e depois dirigiu-se ao patio interior para falar com quem tivesse disposto para o ouvir.
Nao posso deixar de fazer comparaçoes: nao me pediram para fazer posses, nao me pediram para vir de toalhinha e ler artigos na praia nem me pediram para fazer de conta para trabalhar.......ou aqueles mails a dizer o quao é importante para o nosso centro esta visita e..........que vai resultar em muitos empregos........bla bla bla.....
Recebi um mail a informar que vinha cá ontem, por acaso foi adiado para hoje por causa dos incendios nas canárias e Tenerife, e dizia que provavelmente ele ia falar com as pessoas que trabalham aqui e para comparecermos. Sem pressoes, sem a obrigaçao e sem ter que vestir uma bata ou trazer uma roupa melhor, la vim eu para o meu gabinete, os meus clegas de repente lambraram-se que devia estar aqui e fomos à varanda espreitar. Os que quiseram desceram para o ouvir ou falar com ele, os outros como eu ao fim de 5 minutos, voltaram para trabalhar.
Pois nao é para isso que eu sou pago? Mas gostei da nao insistencia e do respeito por quem decide nao ir ao encontro do chefe máximo do governo espanhol. Tenho o mesmo respeito por ele fosse lá ou nao, e o centro nao deixa de ser o que é quer os investigadores vao ao encontro dele ou nao.
Viva a liberdade de escolha!
E viva a liberdade de exprimir as nossas decisoes.
Já em Portugal o Sr Socrates fica ofendido quando alguem fala mal dele ou do seu governo e os chefes dos centros de investigaçao obrigam-nos a atura-los, nao respeitando a liberdade de cada investigador de nao querer participar em jogos políticos.
Tenho dito.
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